Resenha: O Último Homem do Mundo


Amanda é uma garota de 16 anos que, inicialmente, me irritou profundamente. Ela se mostrou mimada, imatura e incrivelmente chata nas primeiras páginas do livro. A justificativa para tal comportamento era a ausência da mãe, a famosa atriz Patrícia Oliveira, que nunca tinha tempo para outra coisa além do trabalho, entrevistas e a busca constante por um namorado.
Após ser expulsa três vezes, Amanda é matriculada, contra a sua vontade, em um dos colégios mais renomados do páis, o Educação de Elite. Porém ela vai fazer de tudo para ser expulsa novamente, já que ficou indignada com a mãe por ter decidido sozinha sobre onde ela iria estudar. Logo no primeiro dia, Amanda consegue ser mandada para a diretoria por brigar com outra aluna, Mariana, que é a namorada de Ricardo, o garoto mais popular da escola e com quem Amanda também já tinha -literalmente- esbarrado e discutido. As confusões com o casal haviam apenas começado e Amanda ainda esbarraria várias vezes com Ricardo.
Com o passar do tempo, vendo que seu objetivo não seria alcançado tão facilmente, ela acaba se tornando amiga das suas companheiras de quarto, Maíra e Paulina, e a ideia de ir para outro colégio começa a perder a força. Até aqui, eu achei que o livro iria focar no romance que começava a se desenrolar, porém outro assunto veio à tona e me surpreendeu. Em uma noite, Amanda sai às escondidas do colégio e conhece alguns jovens que mantêm um projeto cristão com crianças carentes, mendigos e protitutas da comunidade. Ela passa algumas horas com eles, ajudando a distribuir sopa e conversando com as crianças. Gostei dessa parte da história, mas achei meio desnecessário e forçado a autora falar de uma religião específica e sobre evangelização. Eu não tenho nenhum problema com issoisso, mas com certeza alguns leitores podem não gostar muito (já li algumas resenhas que criticaram isso). Vendo o quanto aquelas pessoas são necessitadas, Amanda começa a pensar no que poderia fazer pra ajudá-las e isso a faz se aproximar de Ricardo em busca de ajuda, o que faz com que eles se conheçam cada vez mais e enxerguem um lado que ambos não conheciam um do outro.

As histórias que giram em torno de romances adolescentes costumam me decepcionar, mas eu realmente curti muito esta aqui. Claro que também teve a sua dose de clichês, mas um bom romance sempre tem, né? Os dramas dos personagens me remeteram à minha própria adolescência e me lembrei dessa época boa, do frio na barriga...
A história é bem leve e a leitura flui facilmente. Comecei a ler ontem à noite e terminei hoje no meio do jogo do Brasil (pois é, não parei nem pra assistir hahaha). Há momentos engraçados e outros que fazem refletir, os personagens são bem construídos e consegui gostar de vários deles, como da Maíra e do diretor Alexandre, por exemplo.
Como eu comentei, a história não trata só do romance entre os jovens, mas também sobre ajudar o próximo e de alguns problemas familiares bem comuns hoje em dia. Não sei se a autora escreveu pensando em um público mais jovem, tive essa impressão, mas também vi que pessoas de todas as idades podem gostar muito do livro.
Pra terminar, a Tais me conquistou com esse quote (meio clichê) que aparece quase no final do livro.


"(...) como eu posso saber se ele diz a verdade? - perguntei, confusa. - Você não pode - disse prática. - O amor é um risco e, se você não está disposta a se arriscar, então não é digna desse amor. A questão é... o amor de vocês vale esse risco?"


Agradeço à parceira Tais Cortez pela confiança em enviar o livro e parabenizo pela bela historia que escreveu. :)

Esse foi o primeiro livro do Desafio de Férias #EuLeioNacionais. Vou começar o outro hoje ainda e espero trazer a próxima resenha bem rápido.

Beijos.

2 comentários:

  1. já li esse livro e fala serio que criticaram essa parte só por ela ter citado uma religião! Acredito que a autora citou pq realmente existem projetos desse tipo em algumas igrejas evangélicas. A personagem nem se converteu nem nada, a autora deixou bem claro que ela queria ajudar o trabalho deles, independente da religião, mas por ser um trabalho social. Acho que tem pessoas que são muito radicais quanto a religião, mas religião tbm tem que ser discutida e trabalhos sociais tem que ser apoiados sim, nossa sociedade carece muito disso. Todos sem exceção deviam se envolver com alguma projeto desse tipo, nos fariam pessoas melhores, mais compreensivas e piedosas. É o que penso ;)
    http://coisasdebelaa.blogspot.com/

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  2. Achei o enredo bem interessante. Já anotei o título!

    Beijos e boas leituras!

    http://jessicadventuretime.blogspot.com.br/

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